Quem me olha... Quem sabe me vê...
Mas nem imagina o que sou!
Apenas enxerga meu triste semblante
Cabelos loiros... Esvoaçantes...
Sorrisos nos lábios... Cativantes...
Às vezes sinceros... Outros forçados...
Se um dia alguém, adentra-se o meu peito
Com certeza veria um grande coração;
Machucado... Ferido com o tempo...
Talvez por alguma pequena paixão.
Ou quem sabe um amor já desfeito
Que passou de repente, numa mera ilusão.
Muitas vezes, eu então me pergunto:
Até quando ele irá agüentar?
Novamente ele via se iludir?
Oxalá possa enfim esperar
Que a vida lhe ensine a viver
Nem me deixe de novo amar!
Ah! O amor! O amor taciturno que sinto
Que destrói sem motivo aparente
Pouco a pouco, toda a vida da gente...
Ao trazer o passado a porta...
Sem saber se estou viva ou morta...
E só deixa um momento pungente.
(Uriél Polichetti)

Nenhum comentário:
Postar um comentário