
Que hei de fazer, amor, sem teu cuidado
quando novembro chegue às minhas veias?
Já não trarei as mãos, como hoje, cheias
de açucenas, do teu jardim velado.
entre estas folhas de sonetos cheias,
restará a saudade - e em suas peias
um perfume de amor, de amor calado.
Por que uma tal lembrança murcha e rota
no teu velho caderno de poesias?
O sumo dos teus lábios, gota a gota,
semeando as ilusões mais fugidias.

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